Consórcio de Serviços: Saiba o que é e como funciona.
Thiago Oliveira
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quarta-feira, 9 de maio de 2018
Cirurgia plástica: Veja como
financiar ou fazer consórcio para pagar intervenções estéticas
O Brasil se tornou uma potência
de intervenções estéticas nos últimos anos, inclusive superou os Estados Unidos
em número de procedimentos nos últimos anos. O presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica, Prado Neto, acredita que mais opções para o
pagamento das cirurgias é um dos motivos que justificam o crescimento, mas
também teme a banalização dos procedimentos e precarização do setor. O
parcelamento ou, até mesmo, financiamento são possibilidades que clínicas e
médicos oferecem para os pacientes. Os bancos também estão de olho neste filão
e têm linhas de crédito e consórcios que podem ser usados a favor da beleza.
A modalidade que pode ser usada
para pagamento de cirurgias é o empréstimo. A taxa de juros dessa linha varia
de 3,02 a 3,31% ao mês, de acordo com a quantidade de prestações. Ex: Caso opte
pelo empréstimo em 48 meses, por tratar-se de juros composto, juros sobre juros,
o valor total embutido chega de 150% a 180% do valor total do crédito tomado. Ou
seja, se tomar R$ 15 mil reais, o montante total a ser pago será na média de R$
37,5 mil em quatro anos, com parcelas mensais de R$ 700 reais aproximadamente.
Outro produto bem atrativo é o consórcio
para o setor de serviços em que o participante pode retirar de R$ 1.500 a R$
15.000 em planos de até 48 meses e taxa de administração a partir de 0,55% ao
mês. Então sua parcela num consórcio Rodobens, por exemplo, soma-se a taxa
administrativa de 26,5%, mais o seguro mensal embutido e suas parcelas saem R$
395,14 por mês, numa carta de crédito de R$ 14 mil e paga ao final do período aproximadamente R$ 19 mil. Note, quanto menor o prazo, menor a taxa, em 12 meses paga-se cerca de R$ 17 mil. Em 2014, mais de meio milhão de reais foi destinado a cartas do
BB Consórcio de Serviços para pagamento de procedimentos médicos hospitalares
(incluindo cirurgias plásticas); um crescimento de 225% comparado ao ano
anterior.
Na internet, clínicas procuram
ter canais para esclarecer dúvidas sobre os procedimentos e forma de
pagamentos. A Master Health tem a opção ‘Preços e Financiamentos’ em seu site.
A Plástica do Sonho informa que é possível parcelar a cirurgia plástica. A
Pró-Corpo anuncia no Google a possibilidade de pagamento em 24 vezes. As três
instituições, no entanto, informaram que não poderiam dar entrevistas sobre o
tema e as formas de pagamento são discutidas diretamente com o paciente.
A Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica explica que se o paciente quiser parcelar a cirurgia, o
médico tem o direito de fazer o parcelamento, mas uma resolução de 2008 do
Conselho Federal de Medicina (CFM) veta qualquer intermediação entre o médico e
o paciente. A mesma regra vale para os consórcios que não podem indicar médicos
para os contemplados.
É comum o médico adequar a forma
de pagamento às condições financeiras do paciente e até fazer parcelamento sem
juros, no entanto as intervenções cirúrgicas não podem ser tratadas como a
aquisição de um bem e a relação médico-paciente é a base desta tratativa.
Principais dúvidas sobre o consórcio:
1. Como funciona o consórcio de
serviços?
Nele, você escolhe o valor da
carta de crédito, ou seja, uma quantia em dinheiro que poderá gastar com
qualquer serviço. Funciona assim: uma empresa que administra consórcios abre um
grupo para quem está interessado nesse mesmo valor que você escolheu. Todos os
participantes pagam as parcelas durante o período de duração previsto em
contrato, e a administradora cuida do dinheiro e dos sorteios. Todo mês alguém
é sorteado e, mesmo com a carta de crédito na mão, continua pagando as parcelas
mensais até o final do consórcio.
2. Quanto tempo dura um consórcio
de serviços?
Depende! Os consórcios de
serviços costumam durar de um a quatro anos. E isso significa que se você for
sorteado no final, terá que esperar para usar a carta de crédito. A não ser que
você dê um lance e seja contemplado antes. Por isso, o consórcio é uma boa
opção para quem não tem o costume de guardar dinheiro e também não está com
pressa.
3. Como eu faço o pagamento das
parcelas?
Ao fechar o negócio você recebe
um boleto para pagar as parcelas. Esse boleto possui todas as informações sobre
o consórcio, como quantas pessoas foram sorteadas no último mês.
4. As parcelas têm juros?
O consórcio não tem juros como um
empréstimo pessoal, mas você paga uma taxa para a administradora. Além disso,
as parcelas podem sofrer reajuste uma vez por ano de acordo com alguns índices,
como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mostra a variação do
custo de vida dos consumidores.
5. Como faço para ser
contemplado?
Existem duas maneiras. Uma delas
é o sorteio mensal, que depende da sorte, e a outra é dando lances – quem
oferece mais dinheiro leva a carta de crédito, como em um leilão. Em alguns
consórcios, o lance vencedor não será o mais alto e sim aquele em que o
participante antecipar o maior número de parcelas do pagamento. Isso acontece
porque podem existir participantes com prazos e parcelas diferentes dentro de
um mesmo grupo.
6. O que acontece se meu lance
não for o vencedor?
Se o seu lance não for o
vencedor, tudo bem! Você não precisa entregar esse dinheiro. Pode guardar de
volta e tentar dar lances novamente em outros meses.
7. Quantos sorteios acontecem por
mês?
O número de sorteios varia
conforme cada administradora porque elas têm regras próprias. E ele também muda
de acordo com o número de participantes do consórcio, pois quanto mais gente
existe no grupo, mais dinheiro é arrecadado por mês para a carta de crédito.
8. Eu tenho que continuar pagando
as parcelas depois de ser sorteado?
Sim. Mesmo que você seja sorteado
no começo do consórcio, deve continuar pagando as parcelas até o final do prazo
que está no contrato.
9. O que acontece se eu atrasar o
pagamento de uma parcela?
Você terá que pagar este valor
com juros e multa. E se você atrasar muitas parcelas corre o risco de ser
excluído do grupo. Se isso acontecer, é preciso esperar até o final do
consórcio para resgatar seu dinheiro ou entra em um sorteio a parte para
resgate do dinheiro investido, onde os desistentes recuperam o valor principal
investido, sem as taxas ou seguro.
10. O que fazer se eu não consigo mais pagar o
consórcio de serviços?
Não se preocupe, pois existem
três caminhos:
A. Transferir a sua participação
para outra pessoa, que vai comprar a cota;
B. Mudar para um consórcio, da
mesma empresa, que tenha parcelas menores. Por exemplo, ir para um consórcio de
uma carta de crédito mais barata.
C. Pedir para sair do grupo. Você
terá que pagar uma multa e esperar ser sorteado para receber o dinheiro das
parcelas anteriores.
11. A carta de crédito é entregue
em dinheiro?
Não. Quando você for sorteado
deve escolher que serviço vai comprar com a carta, fechar a compra e entregar a
nota para a administradora, que fará o pagamento. Ou seja, você não recebe o
dinheiro porque a administradora paga diretamente o prestador do serviço.
12. Posso comprar qualquer
produto com a minha carta de crédito?
A carta de crédito do consórcio
de serviços deve ser usada para algum serviço, como uma viagem, cirurgia, festa
ou até para pagar um curso. Basta apresentar a nota fiscal para a
administradora. Por isso, você não pode utilizá-la para comprar um produto como
carro ou moto, por exemplo.
13. E se o serviço que eu
escolher tiver um preço diferente da minha carta de crédito?
Não tem problema. Se for mais
barato, você pode usar o restante do dinheiro para quitar as parcelas do
consórcio. Se for mais caro, dá para usar carta de crédito, mas você terá que
completar o valor que falta.
14. Qual é o prazo máximo para
usar a carta de crédito depois que fui sorteado?
Você tem tempo até o consórcio
terminar. Se você for sorteado e não quiser fazer o procedimento naquela hora,
a administradora deve depositar o valor da carta de crédito em uma poupança e
você tem o prazo mínimo de seis meses para sacar esse dinheiro.
Esqueça o FGTS Pró-Cotista!
Thiago Oliveira
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terça-feira, 9 de maio de 2017
- Esta é a análise mais sensata que encontrei. Retirada do site Resumo imobiliário. É antiga, mas o conteúdo é super esclarecedor e atual. O Luiz também é especialista no mercado imobiliário e com o anúncio feito ontem, acho válido voltarmos ao tema. Segue análise na íntegra feita pelo analista.
por Luiz Paulo Junior 2
de junho de 2016
Há alguns dias solicitei cautela de nossos leitores quanto ao aguardo de uma possível liberação de recursos para o FGTS Pró-Cotista. Com o maior otimismo possível, temos sempre a expectativa de que acerto da balança de financiamentos seja rápido e eficiente. Aliás, o que seria de nós se não tivéssemos um pingo de esperança em nossas vidas.
Após a última reunião do conselho curador do FGTS, no dia 10 de maio de 2016, resolvi investigar com mais ímpeto a probabilidade da reativação do Pró-Cotista ainda neste ano.
Depois de uma intensa pesquisa e análise, consegui juntar informações importantes de fontes ligadas ao FGTS e traçar uma probabilidade de continuidade do sistema de financiamento. Em sua história, o Resumo Imobiliário obteve o apoio de diversas fontes que abreviaram ou alertaram eventos futuros de nosso mercado. Tornando-se, assim, o primeiro site altamente politizado no que diz respeito ao ramo imobiliário. A conclusão tomada reflete os aspectos atuais, entretanto podem sofrer alterações com possíveis mudanças políticas ou econômicas.
Relatório de auditoria anual de contas do exercício de 2014 do FGTS
Para ilustrar as intenções deste artigo, tivemos acesso ao parecer do relatório de auditoria anual de contas do exercício de 2014 – o FGTS ainda não liberou acesso às contas de 2015. Naquele ano, as entradas de recursos alcançaram R$ 160,09 bilhões e as saídas R$ 152,45 bilhões. Teoricamente, as contas do FGTS precisam fechar sem grandes rombos. Em 2014, as contas fecharam com um superávit de R$ 7,64 bilhões.
Ano 2014 – Receita – R$ 160,09 bilhões.
– Contribuições (1): R$ 104,74 bilhões;
– Operações de crédito (2): R$ 33,50 bilhões;
– Receitas financ. Líquidas (3): R$ 13,29 bilhões;
– LC n° 110/2001: R$ 4,116 bilhões;
– Carteira Administrada: R$ 1,832 bilhão;
– CVI – Resgate: R$ 1,311 bilhão;
– Devolução STN: R$ 900 milhões;
– Créditos Vinculados: R$ 317 milhões;
– Juros CVS: R$ 62 milhões.
A principal fonte de receitas proveio da (1) arrecadação das contribuições – R$ 104,74 bilhões, isto é valores de depósitos, multas, correção monetária e juros, pagos pelos empregadores para crédito nas contas vinculadas.
Em seguida, foram arrecadados R$ 33,50 bilhões referentes às (2) operações de crédito nas áreas de habitação, saneamento e infraestrutura.
As (3) receitas financeiras líquidas no exercício de 2014 somaram R$ 13,29 bilhões.
Ano 2014 – Despesas – R$ 152,45 bilhões.
– Saques: R$ 86,320 bilhões;
– Aplicações – Programas de fomento: R$ 52,019 bilhões;
– Operações com a STN: R$ 6,270 bilhões;
– Comissões e Tarifas: R$ 3,933 bilhões;
– Demais Operações: R$ 2,501 bilhões;
– FI-FGTS Liberações: R$ 1,200 bilhão;
– Despesas Administrativas: R$ 212 milhões.
Pelos dados acima, percebe-se que as saídas provenientes das aplicações – programas de fomento – e dos saques – pagamento do valor da conta vinculada ao trabalhador, conforme situações previstas no art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990 – representaram mais de 90 % dos desembolsos do Fundo.
As aplicações – programas de fomento – consistem na principal forma disponível para se atingir os objetivos econômicos e sociais do Fundo.
Referem-se à liberação efetiva de recursos, ou seja, os desembolsos destinados aos Programas do FGTS, decorrente das contratações nas áreas de habitação, saneamento e infraestrutura, incluindo os descontos nos financiamentos a pessoas físicas. O valor total desembolsado foi de R$ 52,019 bilhões.
Os Programas de Fomento do FGTS
A definição de como os recursos do Fundo serão distribuídos e aplicados se dá por meio da publicação anual do Orçamento do FGTS. Resumidamente, as propostas orçamentárias do FGTS são apresentadas pelo Gestor da Aplicação, aprovadas por Resolução pelo Conselho Curador e, subsequentemente, regulamentada por instruções normativas do Ministério das Cidades, que detalham a previsão da aplicação dos recursos tanto sob o aspecto regional (distribuição entre as UFs) quanto setorial (distribuição entre setores) e programático (distribuição entre os programas implementados por meio do Fundo), apresentando o Plano de Contratações e Metas Físicas.
E é claro, dentro da pasta de Programas de Fomentos, existe uma parcela para o Pró-Cotista.
Distribuição de programas de fomento financiados com recursos do FGTS.
Conclusões sobre o FGTS Pró-Cotista
O FGTS é um fundo pago pelo empregador ao funcionário, e fica depositado na Caixa Econômica Federal em contas abertas automaticamente com o contrato de trabalho. O FGTS foi criado pelo governo para ser uma reserva de dinheiro para o trabalhador e, ao mesmo tempo, financiar habitações populares e obras relacionadas, como de saneamento básico e de infraestrutura. Afim de esquentar um pouco os financiamentos residenciais, as instituições financeiras resgataram as regras da instrução normativa nº 58 de 04/12/2007 do Ministério das Cidades que regulamentou o programa especial de crédito habitacional ao cotista do FGTS, ou FGTS Pró-Cotista.
Em 2014, o montante destinado para o Pró-Cotista foi de R$ 800 milhões.
Em 2015, o FGTS Pró-Cotista tornou-se uma saída para a retirada intensa de recursos da poupança, e seu orçamento foi ampliado para R$ 4,9 bilhões.
Em 2016, milhares de contratos ficaram suspensos por tempo indeterminado aguardando nova injeção de recursos pelo conselho curador do FGTS. Atendendo aos anseios do mercado imobiliário, em 17 de março de 2016, o Conselho Curador do FGTS liberou o valor recorde de R$ 9,5 bilhões, ou seja quase 12 vezes o que foi liberado para o ano de 2014.
Sinceramente, tinha expectativa que uma revisão fosse realizada ainda para o ano de 2016, mas após o estudo dos dados deste artigo posso afirmar que a probabilidade é praticamente nula.
O primeiro motivo é o aumento do desemprego em 2015 e 2016. A principal fonte de recursos do FGTS é a carteira assinada. O pagamento mensal de 8% ao fundo pelos trabalhadores representa aproximadamente de 65% de todas as arrecadações do ano. Com as demissões em massa, diminuem as receitas e aumentam as despesas. Além disso, os demitidos possuem direito ao saque do montante recolhido no período trabalhado. É provável que os anos de 2015 e 2016 tenham saques expressivos do FGTS, isto é muito além do equivalente a 56% registrado em 2014.
O segundo motivo é que o orçamento do Pró-Cotista foi super elevado em apenas 2 anos. O aumento de 1200% já mexeu em outros programas de fomento do FGTS e deverá impactar diretamente no fechamento das contas do Fundo para o ano de 2016, impossibilitando sua revisão em curto prazo.
Com menos receitas e mais despesas, o FGTS deve cessar ou diminuir suas aplicações em diversos programas de fomento. Com certeza, essa adaptação econômica deverá afetar Programas como o Minha Casa Minha Vida, investimentos em infraestrutura e saneamento e o Pró-Cotista.
A solução acima é matemática e baseada em dados empíricos, por isso esqueça do Pró-Cotista em 2016. Apesar de ainda estar operando em algumas categorias e no Banco do Brasil, logo irá secar de vez. Busque o SBPE – recursos da poupança – como saída para financiar o seu imóvel, pois no ponto que estamos o Conselho Curador não deverá mais arriscar.
Como e quantas vezes posso utilizar o FGTS para compra de imóvel?
Thiago Oliveira
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quinta-feira, 27 de abril de 2017
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um direito
de todo trabalhador brasileiro submetido à CLT, que funciona como um acúmulo de
recursos ao longo do tempo de trabalho. Visando a facilitar a vida de quem
deseja a casa própria, os recursos desses fundos podem ser utilizados no
mercado imobiliário, para um financiamento ou consórcio.
Ao mesmo tempo, há prazos estabelecidos entre um uso e
outro, de modo a proteger o trabalhador e evitar um gasto excessivo. Então,
afinal, quantas vezes é possível utilizar o FGTS para financiamento ou
consórcio? A seguir, veja a resposta:
Uso para dar entrada no financiamento
Como o financiamento corresponde a uma porcentagem do valor
do imóvel, muita gente usa os recursos do FGTS para dar entrada no
financiamento. Nesse caso, é possível usar o valor do FGTS para cobrir toda a
entrada, caso haja saldo disponível.
Uma vez que os recursos sejam utilizados para esse fim, é
necessário esperar um período de 3 anos para usar novamente. Assim, quem
começar um financiamento em 2016 só poderá dar entrada em outro com os recursos
do fundo de garantia, no mínimo, em 2019.
Uso para lance no consórcio
Diferentemente do financiamento, o consórcio não dispõe de
entrada. Sendo assim, o recurso poderá ser utilizado para a oferta de lance. O
recurso ofertado pode ser acrescido com valor de reserva pessoal ou apenas ele,
parcial e integralmente. Caso seja utilizado parcialmente, o saldo e valores
que vierem a ser acumulados poderão ser utilizados após o mesmo período de 3
anos. O valor do lance contemplado abate as parcelas na ordem inversa ou o
valor mensal a ser pago. Ex. A parcela é R$ 1.000, pode-se abaixar todas as
parcelas igualmente com o lance, caindo digamos de R$ 1.000 para R$ 650,
conforme valor do lance contemplado.
Aproveitamento para a amortização
Outra possibilidade inclui utilizar os recursos para fazer a
amortização do valor a ser pago no financiamento. Além de diminuir o tempo
necessário para ter o bem definitivamente, isso também reduz a quantidade
acumulada de juros que deve ser paga.
Os recursos do fundo de garantia podem ser utilizados para
esse fim a cada 2 anos. Considerando que o financiamento normalmente leva entre
15 e 30 anos, é possível conseguir, a cada biênio, diminuir o valor a ser pago.
No caso do consórcio, a utilização da amortização de
parcelas é feita posterior a contemplação e pode ser feita da mesma maneira.
Mas somente após a contemplação, enquanto seu lance não for contemplado, não é
possível amortização desta maneira. No consórcio o prazo máximo é de 15 anos
Utilização para pagar parte da prestação
Os recursos desse fundo também podem ser utilizados para
diminuir o valor que deve ser pago na prestação. Nesse caso, é possível fazer o
pagamento de até 80% do valor da prestação.
No caso de uma prestação de R$ 2.000,00, por exemplo, o FGTS
pode custear até R$ 1.600,00 dessa parcela mensal. O uso pode acontecer a cada
12 meses.
No consórcio o percentual e abatimento anual, pode ser feito
igualmente, baixando 80% do valor atual de parcela.
Prazos não se sobrepõem
Embora cada finalidade tenha um prazo para usar o FGTS
novamente, a verdade é que esses períodos não se misturam. Ou seja, alguém que
use metade do FGTS para dar a entrada ou lance no imóvel não precisa esperar 3 anos para
utilizá-lo para a amortização e pode fazê-lo imediatamente.
Da mesma forma, se em 2017 alguém utilizar o FGTS para
amortizar o valor do financiamento ou consórcio, não é preciso esperar até 2019
para pagar parte da prestação. Utilizado em 2017 para esse fim, ele poderá ser
utilizado novamente em 2018 e, no ano seguinte, para a amortização da dívida.
Essa característica ajuda a garantir flexibilidade no uso do
FGTS e, de certo modo, ainda colabora para diminuir os riscos de inadimplência,
já que é possível amortizar a dívida ou o valor da parcela caso o pagamento
fique pesado em determinado período.
A quantidade de vezes em que é possível utilizar o FGTS vai depender do tempo estabelecido para quitar esse crédito. Em
geral, é possível utilizar os recursos em períodos que não se misturam e que
vão de 1 a 3 anos, dependendo da finalidade, dando mais flexibilidade a quem
adquire o imóvel.
E-book - Guia definitivo como atingir o sonho da casa própria
Thiago Oliveira
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segunda-feira, 10 de abril de 2017
Faça um Planejamento Financeiro
Um bom planejamento de finanças é essencial para dar o primeiro passo no investimento do seu imóvel. Mas o que ele leva em conta? Aqui damos as dicas e o que deve ser feitoAvalie o imóvel
Na hora de procurar seu imóvel, tome cuidado com a pressa. Antes de qualquer decisão, você precisa pesquisar muito e, sempre que possível, observar o empreendimento de perto. Nesse e-book você vai conferir alguns itens importantes e saiba como avaliá-los no seu futuro imóvel:Escolha a melhor forma de pagamento
Com o auxílio de bancos, imobiliárias e construtoras, as possibilidades de comprar um imóvel se tornaram bastante variadas. Escolher aquela que se encaixa melhor no seu orçamento demanda conhecimento dos principais tipos de pagamento. Confira alguns exemplos e faça sua escolha.Entenda o que é necessário para financiar o imóvel
Aqui mostramos o passo a passo de como fazer o seu financiamento imobiliário. Quais são os documentos necessários e quais são as opções de linha de financiamento que os bancos oferecem para você.
Saiba como adquirir um segundo imóvel para aumentar a renda
Já possui imóvel próprio e está pensando em ganhar
mais dinheiro, uma dica é comprar um segundo imóvel para alugar.
Adquirir
imóveis nunca é jogar dinheiro fora — ao contrário de outros bens que as
pessoas costumam comprar sem necessidade, implicando somente em despesas.
Um imóvel será sempre um patrimônio e, ainda que não ofereça
liquidez imediata, é um bem sempre passível de valorização.
Veja a seguir como adquirir um segundo imóvel para aumentar
a renda!
Planejamento é a base de tudo
Não tome decisões sem antes se planejar. Comprar um imóvel
não é a mesma coisa que comprar uma camisa ou um sapato. Converse com seus
familiares, troque ideias, prepare-se com antecedência.
Sem economia, você jamais conseguirá comprar seu segundo
imóvel. É necessário poupar e aplicar com consciência seu dinheiro. A forma
mais usual de comprar imóveis é por meio de financiamentos. Mas, para
financiar, é preciso dar uma entrada e se comprometer com o pagamento de
parcelas por um prazo específico.
Se planejar é imprescindível para assumir esses custos,
abrindo mão de gastos supérfluos e poupando.
Entendendo o que é o FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um direito de
todo trabalhador com carteira assinada. O patrão deposita um valor todo mês em
uma conta da Caixa Econômica Federal, mas o funcionário só poderá efetuar o
saque do montante em determinadas condições.
Por se tratar de um dinheiro de reserva, que visa proteger o
futuro do empregado, o FGTS não pode ser usado para a compra de qualquer bem.
Veja a seguir como funciona o FGTS na aquisição de imóveis.
Como usar FGTS na compra do segundo imóvel
Caso a pessoa já tenha um imóvel em determinada cidade,
poderá usar o FGTS para comprar um segundo imóvel em outra cidade ou região
metropolitana. É preciso também morar ou trabalhar na região onde pretende
adquirir esse segundo imóvel.
Outra regra é que a pessoa não pode ter nenhum financiamento
ativo no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que é o tipo de financiamento
imobiliário mais popular da Caixa, sendo o único que permite o uso de FGTS.
Se você já tiver um imóvel em seu nome na mesma cidade, só
poderá adquirir outro se vender o primeiro. Outra restrição é se o atual
proprietário do imóvel que você deseja comprar também usou o FGTS na compra do
imóvel. Se isso aconteceu há 3 anos ou menos, você não poderá usar seu FGTS
para comprar o imóvel.
Lembrando que o uso do FGTS só é permitido para residências
— construções, reformas, compra de terrenos ou imóveis comerciais não serão
possíveis.
Benefícios em comprar um segundo imóvel
Muitas pessoas não sabem, mas comprar um segundo imóvel tem
suas vantagens: há alguns benefícios fiscais. Caso você passe pelo menos 14
dias por ano na nova casa, será possível deduzir os juros de uma hipoteca do
seu imposto.
Para gozar esse benefício, no entanto, o imóvel tem que ser
sua moradia e não uma forma de investimento. Se você alugá-lo por mais de 14
dias no ano, ele é considerando um investimento.
Quando comprar um imóvel? Saiba qual o melhor momento e alternativas
Realizar o sonho da casa própria é uma tarefa que exige
muito planejamento e cautela, concorda?
Diante do cenário de instabilidade
econômica no país, fica ainda mais difícil saber quando comprar um imóvel.
Quer adquirir um imóvel sem gerar grandes complicações e
futuros problemas financeiros? Então confira seguir alguns fatores
indispensáveis que você deve considerar antes de tomar a decisão final!
Cuidado com os juros altos
Em tempos de crise, a inflação acaba consumindo grandes
porcentagens da renda familiar. E com a alta dos juros, aumentam também as
parcelas de financiamento, o que resulta em um compromisso financeiro salgado
todos os meses.
No mínimo, comprar um imóvel requer um investimento de médio
a longo prazo. Por isso, avalie bem as finanças da família, prefira um estilo
de vida que permita economias, gerencie bem o seu orçamento e faça simulações
antes de partir para um financiamento.
Além disso, você também pode consultar especialistas em financiamento imobiliário e avaliar quanto crédito tem disponível. Dessa forma, quando
decidir comprar um imóvel, terá total certeza de que poderá arcar com todas as
parcelas, taxas e impostos envolvidos no processo.
Atente para a sua estabilidade financeira
Você possui algum capital guardado? Qual é a sua renda
mensal? Você tem um emprego estável? Quanto do orçamento você pretende dedicar
para a realização do sonho da casa própria?
Todos esses fatores devem ser considerados com atenção na
hora de comprar um imóvel. Isso porque, se não conseguir manter a estabilidade
financeira em longo prazo — como consequência de desemprego, dívidas e mau
gerenciamento do orçamento, por exemplo —, um financiamento simples pode se
tornar um grande problema. Por isso, o ideal é nunca dedicar mais que 30% da
sua renda mensal às parcelas do financiamento.
Se você já dispõe de algum capital para investir na compra
do imóvel, uma boa saída é dar a maior entrada que conseguir (aconselham-se
entradas acima de 50% do valor total). Assim, você encurta o prazo do
financiamento, paga menos juros e corre menos riscos de se endividar.
Caso esteja com o orçamento curto, pode ser que você tenha
que adiar a compra do imóvel para quando as finanças estiverem mais aliviadas.
Nesse sentido, uma alternativa é juntar dinheiro para adquirir um imóvel de
valor menor e ir solidificando seu patrimônio aos poucos.
Considerar outras possibilidades, como o consórcio imobiliário, são alternativas
Se o objetivo é guardar dinheiro para adquirir um imóvel,
além de considerar o seu orçamento atual, você ainda pode investigar
possibilidades de investimento em renda fixa ou aplicações financeiras de baixo
risco, públicas ou privadas. Assim, você pode angariar o que faltava para a
compra de um imóvel enquanto organiza com calma a sua vida financeira. O
consórcio imobiliário, pode ser uma solução, nesse sentido.
Apesar de não ser considerado um produto de investimento, o
consórcio, pode se tornar um bom investimento, à medida que ao ter a carta
contemplada, você pode ir ao mercado com um comprador de imóvel à vista, além
de baratear seu comprometimento mensal e fugir de juros de financiamento.
Entre outros títulos
públicos, você pode optar pelos Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras
de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agropecuário (LCA), com
garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Caso não precise do dinheiro
investido por alguns anos, estas são as opções de investimento em títulos
públicos bem indicadas.
E então, o texto foi útil para você? Conhece alguém que seinteressa pelo assunto? Que tal compartilhar o post nas redes sociais e
acompanhar sempre nossas publicações?
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